Teve início, nesta segunda-feira, 8, a Quarta Mostra de Cinema da Faculdade Estácio de Sá. O primeiro dia do evento não correspondeu às expectativas dos organizadores em relação ao número de participantes no auditório. Mas por outro lado, a mostra atingiu as expectativas do público presente. Segundo Marcelo Freitas, um dos organizadores do evento, o diferencial desta edição da mostra é que os palestrantes foram os responsáveis pela escolha dos filmes que serão exibidos ao longo dos 3 dias de evento. Além disso, os palestrantes terão plena liberdade para comentar os aspectos mais importantes a respeito do filme, a partir de sua percepção.
A abertura da Mostra de Cinema foi conduzida pelo coordenador do Curso de Jornalismo da instituição, Marcelo Freitas, que informou que o objetivo do evento é despertar nos alunos do Curso de Comunicação maior interesse e amplo conhecimento a respeito da sétima arte. Após a abertura oficial do evento, foi exibido o documentário “Invisíveis do Silêncio”, produzido pela aluna de Publicidade Helem Rocha. “O documentário fala sobre a dificuldade de deficientes auditivos em se divertirem vendo televisão, por falta de legendas e intérpretes”, declarou Helem. O primeiro filme exibido nesta edição da mostra para os alunos do turno da noite foi São Bernardo, filme de Leon Hirszman. O drama brasileiro, cujo roteiro é baseado no romance São Bernardo de Graciliano Ramos, é de 1972 e conta a história de um mascate que consegue se transformar em um próspero fazendeiro, só que ele é um homem torturado constantemente por suas obsessões e desconfianças, especialmente em relação à fidelidade de sua esposa.
O filme foi comentado pelo crítico de cinema dos jornais O Tempo e Pampulha, Marcelo Miranda, e discutido em um bate papo de alto nível com o público. Segundo Marcelo Miranda, o que mais chama a atenção no filme é o fato de ele ser uma releitura da obra de Graciliano Ramos, mas sobre o contexto da censura. “O filme é uma fiel adaptação do livro de Graciliano Ramos, e foi um dos melhores filmes produzidos na década de 70”, comenta o jornalista. De acordo com Miranda, o objetivo de Leon era fazer um filme que criticasse o sistema ditatorial vigente no Brasil sem que isto pudesse ser percebido pelos ditadores. Marcelo contou curiosidades interessantes do período de filmagem do longa, como por exemplo, o fato das películas terem exatemente o tempo previsto da cena para serem utilizadas, fazendo com que os atores não pudessem sequer errar e repeti-la. Outro aspecto abordado por Marcelo Miranda com relação ao filme se trata do fato dos personagens so terem closes do rosto a partir de uma participação mais evidente no filme.
A Quarta Mostra de Cinema é uma produção da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte.
A Quarta Mostra de Cinema é uma produção da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte.
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