Crise imobiliária americana pode afetar mercado financeiro mundial
Após dois anos, entre 2004 e 2006, quando a taxa de juros subiu de 1% para 5,35%, o mercado imobiliário americano começou a sofrer, com preços dos imóveis caindo e um aumento na inadimplência de mutuários. Os empréstimos subprime - hipotecas de alto risco para pessoas com histórico ruim de crédito - atingiu níveis recordes. Antes, só tinham acesso a essas hipotecas credores com bom histórico de pagamento de empréstimos e renda comprovada, mas nos últimos anos, com a alta dos preços dos imóveis nos Estados Unidos e a alta liquidez – dinheiro disponível para empréstimos – no mercado internacional, os bancos e financeiras começaram a emprestar mais dinheiro para que pessoas com histórico considerado ruim comprassem casas. A chamada crise do subprime, ou hipotecas de risco, acontece nos Estados Unidos desde o ano passado e vem se intensificando. Além das hipotecas terem risco maior devido ao perfil dos tomadores de crédito, os bancos também passaram a fazer empréstimos não-tradicionais, com juros mais baixos nos primeiros anos do contrato (depois reajustados para taxas mais altas) e prestações iniciais só com o pagamento dos juros.
Ocorre que os tomadores dessas hipotecas acreditavam que, com o preço das casas em alta, conseguiriam reajustar seus empréstimos e obter condições mais favoráveis quando o período de juros mais baixos terminasse. Porém, a “bolha” dos preços de casas estourou e eles começaram a cair; com isso, muitas famílias passaram a não conseguir pagar suas hipotecas e perderam suas casas. Como o preço das casas caiu, muitas vezes o banco não consegue reaver o que já emprestou ao cliente.
Quem sai perdendo
O prejuízo para os bancos que realizaram os empréstimos é grande, afinal de contas, muitas dessas hipotecas são securitizadas – agrupadas e transformadas em papéis que são comprados e vendidos. A securitização espalha o risco por todo o mercado, pois permite que os bancos emprestem mais dinheiro para o financiamentos imobiliários; mas essas mesmas características fizeram com que, com a crise, os prejuízos atingissem dezenas de instituições financeiras e de fundos de investimento.
Com o risco espalhado por todo o setor, acontece também uma crise de liquidez, já que as instituições relutam em emprestar dinheiro umas às outras.
Os brasileiros também podem perder com a crise americana
A crise pode ter impacto na economia brasileira porque, com a desorganização das finanças das famílias e com a redução do crédito disponível nos EUA, pode haver redução no consumo e conseqüente recessão no país. Isso pode fazer com que os EUA comprem menos produtos do Brasil. Além disso, a menor liquidez no mercado global pode fazer com que os investidores prefiram investir em papéis de menor risco, como os do Tesouro dos EUA, tirando dinheiro de mercados como o brasileiro, que têm melhor retorno, mas maior risco.
Após dois anos, entre 2004 e 2006, quando a taxa de juros subiu de 1% para 5,35%, o mercado imobiliário americano começou a sofrer, com preços dos imóveis caindo e um aumento na inadimplência de mutuários. Os empréstimos subprime - hipotecas de alto risco para pessoas com histórico ruim de crédito - atingiu níveis recordes. Antes, só tinham acesso a essas hipotecas credores com bom histórico de pagamento de empréstimos e renda comprovada, mas nos últimos anos, com a alta dos preços dos imóveis nos Estados Unidos e a alta liquidez – dinheiro disponível para empréstimos – no mercado internacional, os bancos e financeiras começaram a emprestar mais dinheiro para que pessoas com histórico considerado ruim comprassem casas. A chamada crise do subprime, ou hipotecas de risco, acontece nos Estados Unidos desde o ano passado e vem se intensificando. Além das hipotecas terem risco maior devido ao perfil dos tomadores de crédito, os bancos também passaram a fazer empréstimos não-tradicionais, com juros mais baixos nos primeiros anos do contrato (depois reajustados para taxas mais altas) e prestações iniciais só com o pagamento dos juros.
Ocorre que os tomadores dessas hipotecas acreditavam que, com o preço das casas em alta, conseguiriam reajustar seus empréstimos e obter condições mais favoráveis quando o período de juros mais baixos terminasse. Porém, a “bolha” dos preços de casas estourou e eles começaram a cair; com isso, muitas famílias passaram a não conseguir pagar suas hipotecas e perderam suas casas. Como o preço das casas caiu, muitas vezes o banco não consegue reaver o que já emprestou ao cliente.
Quem sai perdendo
O prejuízo para os bancos que realizaram os empréstimos é grande, afinal de contas, muitas dessas hipotecas são securitizadas – agrupadas e transformadas em papéis que são comprados e vendidos. A securitização espalha o risco por todo o mercado, pois permite que os bancos emprestem mais dinheiro para o financiamentos imobiliários; mas essas mesmas características fizeram com que, com a crise, os prejuízos atingissem dezenas de instituições financeiras e de fundos de investimento.
Com o risco espalhado por todo o setor, acontece também uma crise de liquidez, já que as instituições relutam em emprestar dinheiro umas às outras.
Os brasileiros também podem perder com a crise americana
A crise pode ter impacto na economia brasileira porque, com a desorganização das finanças das famílias e com a redução do crédito disponível nos EUA, pode haver redução no consumo e conseqüente recessão no país. Isso pode fazer com que os EUA comprem menos produtos do Brasil. Além disso, a menor liquidez no mercado global pode fazer com que os investidores prefiram investir em papéis de menor risco, como os do Tesouro dos EUA, tirando dinheiro de mercados como o brasileiro, que têm melhor retorno, mas maior risco.
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